quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Charles
Sou seguidora de seu blog. E entre tantas postagens bacanas, copiei esta(aliás, não posso ver uma postagem bacana que me aproprio dela...), cujo autor, vem logo abaixo e é um velho conhecido nosso...
"Se teu olhar fosse mais aguçado, verias tudo em movimento."
(Nietzche)
http://charlesantonio.blogspot.com/2009_01_01_archive.html
23/01/2009 - 17:53
Mostrar que as mulheres são donas das suas vidas e que viver com respeito e dignidade e sem violência é um direito de toda mulher brasileira. Esse é o objetivo da campanha "Mulheres, donas da própria vida - Viver sem violência, direito das mulheres do campo e da floresta", dirigida a trabalhadoras rurais, quebradeiras de coco, negras rurais e quilombolas, mulheres da Amazônia, seringueiras e camponesas, que terá lançamento especial no Fórum Social Mundial 2009, em Belém.
A atividade, proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acontece no dia 30 de janeiro, às 15h30, na Tenda Doroty Stang, na Universidade Federal Rural da Amazônia. O mote da campanha fomenta debate sobre a rede necessária para enfrentamento da violência contra as mulheres do campo e da floresta. Participam da atividade, a ministra Nilcéa Freire e a subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). São aguardadas 300 pessoas, entre elas representantes das coordenações nacionais e regionais das pastorais sociais da CNBB.
A campanha "Mulheres, donas da própria vida - Viver sem violência, direito das mulheres do campo e da floresta" tem como peças de divulgação: filme institucional, spot de rádio e folheteria. Até meados deste mês, o spot de rádio foi veiculado pela segunda vez em 803 emissoras, somando 2.769 inserções - a primeira veiculação ocorreu no final de dezembro de 2008. O plano de mídia também assegurou a publicação de anúncios de página inteira em 26 revistas de comportamento, bordo (aéreo e rodoviário) e femininas.
Voltada à mudança cultural, a campanha de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta prevê como estratégias de abordagem: oficinas culturais, atividades nas escolas, programas de rádios e radionovelas, entre outras ações educativas. Essas ações pretendem estabelecer uma rede de solidariedade pelo fim da violência contra as mulheres. A campanha atende a uma reivindicação da Marcha das Margaridas e é assinada pela SPM, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Fórum Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta.
Fórum Social Mundial 2009
Lançamento da campanha "Mulheres, donas da própria vida - Viver sem violência, direito das mulheres do campo e da floresta"
Data: 30 de janeiro de 2009 (sexta-feira)
Horário: 15h30
Local: Tenda Doroty Stang (Tenda da CNBB) - Universidade Federal Rural da Amazônia - Belém
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Adoro e acompamho o Blog de uma moça muito inteligente chamada Andrea.Adaptei um pequeno trecho de um artigo escrito e publicado por ela no domingo...
"Imprevistos fazem parte, um dia nunca é igual ao outro, tudo pode acontecer. O acaso pode mudar a sua vida!
- jogue tudo fora; roupas velhas, medicamentos vencidos, medos ou falsas crenças
- jogue fora a idéia de que as coisas não mudam; tudo muda a todo momento
- jogue fora o excesso de peso, o momento é perfeito para começar aquela dietinha...só não vale se inspirar no signo(de aquário, elemento ar) e se alimentar de vento...
- jogar fora o excesso de peso também pode representar se afastar das pessoas negativas que vivem resmungando e reclamando da vida...liberte-se!
- renove os amigos; procure ouvir coisas diferentes, faça um curso de filosofia, astrologia, quem sabe ufologia
- não se importe com as opiniões das outras pessoas, desde que continue a respeitar o fato de que elas têm todo o direito de pensar de um modo diferente do seu modo de pensar..."
É isto. Viva e deixe viver. Faça o melhor, tente mais uma vez, tente de novo e ore" para lembrar-se sempre de ser humilde e agradecer todos os dias pelos imprevistos, pelos foras,pelas decepções, pelos tombos, pelos percalços desta nossa vidinha...
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
O resgate de Vuyazi
(Lenda africana)
AO FUTURO...
“Levanto os olhos e contemplo o mundo. Num canto, as mulheres juntas em roda e suas vozes explodem num majestoso canto.... Esperanças, forças e alegrias brotam do suave canto e caem sobre a terra num dilúvio de flores...
Interrompemos a dança e seguimos em procissão, pela estrada fora. O nosso canto penetra na esfera das nuvens, e colonizamos o céu com as nossas vozes. Chegamos a lua, resgatamos Vuyazi, a princesa insubmissa nela estampada. Na sua cabeça colocamos uma coroa de ramos de palmeiras e aos pés semeamos flores de todas as cores...
Retiramos Vuyazi da sua estática posição e dançamos com ela na lua imensa. Gravitamos no céu e descobrimos: cada estrela é uma mulher semeada no alto. A terra é de barro e tem a forma de mulher. A lua é nossa, colonizamo-la, foi-nos conquistadas por Vuyazi, pioneira, heroína, princesa e rainha, primeira mulher do mundo que lutou pela felicidade e pela justiça. O mundo é nosso, em cada coração de mulher cabe o universo...
Juntas celebramos o porvir e juramos: a partir de hoje, caminharemos na marcha de todas as mulheres desprotegidas pela sorte, multiplicaremos a força dos nossos braços e seremos heroínas tombando na batalha do pão de cada dia. A cantar e a dançar, construiremos escolas com alicerces de pedra, onde aprenderemos a escrever e a ler as linhas do nosso destino. Atravessaremos o mar com a nau dos nossos olhos e levaremos a mensagem de solidariedade e fraternidade às mulheres dos quatro cantos do mundo. Ensinaremos aos homens a beleza das coisas proibidas: o prazer do choro, o paladar das asas e patas de galinha, a beleza da paternidade, a magia do ritmo do pilão a moer o grão. Amanhã, o mundo será mais natural, e os nossos bebes, tanto meninas quanto rapazes, terão quatro anos de mamada... Olharemos para os homens com amor verdadeiro ... Ao lado dos nossos namorados, maridos e amantes, dançaremos de vitória em vitória no niketche da vida. Com as nossas impurezas menstruais, adubaremos o solo, onde germinará o arco-iris de perfume e flor.”
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Apesar de você...
Amanhã vai ser outro dia e um outro mundo muito melhor!Já esta sendo construído, a muito tempo...Só você é que insiste em não ver!
http://www.youtube.com/watch?v=YU547fUsHqI
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Alteridade e cidadania
A prática da alteridade conduz da diferença à soma nas relações interpessoais entre os seres humanos revestidos de cidadania. Pela relação alteritária é possível exercer a cidadania e estabelecer uma relação pacífica e construtiva com os diferentes, na medida em que se identifique, entenda e aprenda a aprender com o contrário.
“Olhe para os dedos de sua mão. Eles são diferentes. Ainda bem. Exatamente por serem diferentes eles são harmoniosos quando vistos em conjunto. Já imaginou se eles fossem todos iguais?
Certamente teríamos dificuldade de fazer o que fazemos de maneira tão natural. A humanidade, pode-se dizer, é semelhante a uma mão. Somos diferentes numa família. Somos diferentes numa região. Somos diferentes numa nação. A diferença é inerente, portanto, à natureza humana. Que bom que assim seja.”(Carlos Pereira).
Ao se deparar com o diverso devemos, inicialmente, retirar da mente os agentes psicológicos do preconceito e da preocupação, isto é, aqueles julgamentos pré-concebidos, que e entram em ação desnecessariamente antes do tempo e aqueles trazem uma ocupação negativa espaço mental antecipada, com perda de energia. Devemos acabar com todo tipo de pré-conceito colocar a mente em branco para receber o conteúdo do outro sem uma opinião previamente formada. Faz necessário estar em estado de alerta percepção para entender os motivos pelos quais o outro concebe as coisas do seu jeito, estabelecer uma relação empática com o interlocutor, para finalmente, construir o ensino-aprendizado na relação, ampliar a capacidade de correlação, de interdependência, de entendimento e convivência fraternal.
Não há princípios de alteridade naqueles que não aceitam a dissidência de antigos companheiro, que não aceitam a oposição deliberada, a opinião, o ponto de vista diferente e adota-se uma postura de discriminação, trata o diferente com a indiferença não adota a tolerância como princípio básico de mediação das relações interpessoais. Não é um cidadão alteritário quem não consegue amar a natureza, os seres vivos e aos outros, que repudia o seu irmão simplesmente por ele possuir uma visão diferente de enxergar o mundo, de ver a mesma realidade.
Na família, na escola e na sociedade devemos ensinar ao educando, através do exemplo, o principio da alteridade, como o vetor norteador das relações interpessoais, para que possa eliminar de sua psique os agregados psicológicos inumanos da xenofobia, da aversão a pessoas e coisas estrangeiras, do racismo, para evitar o ódio e as guerras étnicas, dos preconceitos de idades e de classes sociais, dos estigmas, da discriminação,etc. E para ensinar precisamos ser a alteridade em si, fazermos como fez o nosso mestre, que vivenciou a alteridade e nos ensinou assim: “Fazei aos outros aquilo que queiras os outros façam a ti”.
Se pautarmos em nossas vidas pelas relações de alteridade, jamais iremos fabricar armas, material bélico e tudo aquilo que ceifa a vida de qualquer coisa do cosmo, que holisticamente coexistem interdependentemente conosco. Pois na relação de alteridade sentimos como se fossemos o outro, sentimos bem com o bem estar do outro e sofremos com a angústia do outro. Devemos saber colocar no lugar do outro, em qualquer situação, para compreende-lo integralmente. Se possuirmos nenhuma sensibilidade pelo outro, pelas coisas da natureza, é porque não somos revestidos de alteridade, não sabemos conviver com a pluralidade.
Alteridade seria, portanto, a capacidade de conviver com o diferente, de se proporcionar um olhar interior a partir das diferenças. Significa que eu reconheço o outro em mim mesmo, também como sujeito aos mesmos direitos que eu, de iguais direitos para todos, o que também gera deveres e responsabilidades, ingredientes da cidadania plena. Esta constatação das diferenças é que gera a alteridade, alavanca da solidariedade, da responsabilidade, eixo da cidadania.
O estado de intolerância é apoiado na ignorância de anticidadãos que buscam os menores pretextos para justificação de seus atos de maldade. A simplicidade dos sábios, a sabedoria dos silenciosos, a tolerância dos pacificadores, a alteridade e a solidariedade dos cidadãos, etc., são reais valores da Cultura da Paz e Não-violência.
Alteridade é uma palavra que vem ganhando uso acentuado nos meios sociais do século XXI, entretanto a palavra em si não serve para nada, se não for acompanha da praticada em si mesma. De nada adianta falar em alteridade, se não tivermos em nosso interior o estado de alteridade.
Alteridade é uma palavra que designa em sua profundidade o holismo presente nas leis de convívio entre os seres humanos revestidos de cidadania e na relação destes com todos os seres da natureza. A pessoa alteritária é mais fraterna em todos os sentidos, deixa de criticar, julgar, agredir, infligir leis e normas e passa a ser responsável pelos deveres e obrigações. Quem é altério trilha o caminho da não-agressão, do não-julgamento, luta pela paz de seus semelhantes, por estar em paz consigo mesmo, com a humanidade, com a vida.
Ao desenvolvermos a alteridade, nasce o respeito pela maneira de ser dos outros, levando-se em conta que todos somos seres em diferentes, com graus de compreensão diferente.
Nas nossas sociedades contemporâneas, onde impera a inalteridade, a racionalidade, sob as formas de ciência e tecnologia, no paradigma antropocêntrico, passou a ser instrumento de violência estrutural, no modelo social hegemônico neoliberal, onde se expressa como meio mais eficiente de dominação social, de controle ideológico, de exploração, de exclusão das maiorias economicamente desfavorecidas.
O sistema antropocêntrico, por intermédio da violência estrutural, produz vítimas de modo massivo. As vítimas da racionalidade do sistema vão ficando num beco-sem-saída. O sofrimento das maiorias excluídas ecoa pelas ruas das favelas, dos vilarejos. Mas a alteridade faz-nos adotar a perspectiva do olhar das vítimas, para através da cidadania profunda engendrarmos ações que nos levam a lutar para mudanças neste estado de coisas.
Os mecanismos do sistema neocapitalista antropocêntrico engendra o sofrimento às grandes maiorias de excluídos. Para este sistema anticidadão inalteritário, o outro (alter) é totalmente destituído de vida, é coisificado, reduzido a um número, a uma estatística, a um elemento do consumo. Então, para este sistema perverso, o outro não tem configuração humana, uma vez que ele é objetivado para fins de lucratividade, produtividade, uso, etc.
O sofrimento das vítimas da violência estrutural do poderio econômico é indescritível pois possuem uma alteridade irredutível que desmascara a hipocrisia do neoliberalismo econômico.
A cidadania, a ética e alteridade se constituem no tripé do paradigma holístico, no modelo, no referencial para qualquer modo de convivência humana. Elas devem ser construídas na família, na escola e na sociedade, para nortearem todo o protagonismo juvenil na construção dos futuros projetos político-econômicos e todas as dinâmicas sociais e institucionais. Elas devem constituir a base de detecção e de ação para a erradicação do sofrimento das vítimas.
Um cidadão alteritário possui um compromisso inadiável para com as vitimas da violência estrutural, no que se diz respeito ao seu grito por dignidade humana.
A cidadania, a ética e a alteridade se constituem na base de sustentação do homem íntegro, cuja preocupação com o seu semelhante se constitui no autêntico imperativo ético, no dever ser absoluto, que emerge do clamor irredutível das vítimas indefesas da violência estrutural para serem reconhecidas na sua dignidade humana.
“Nunca deixo de pensar naqueles que sofrem, e junto com eles, caminho solidário”
(Oscar Niemayer)
Maurício da Silva é Professor e criador do Projeto Mundial Cultura da Paz e Não-Violência, do Movimento Vivavida Com Paz (MOVIPAZ) e autores de vários livros, entre os quais: Violência nas Escolas, Caos na Sociedade,Violência, o Desafio da Paz
Disponíveis na EVIRT.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Try little tenderness!
- todos os meus professores do Mestrado que com seu conhecimento e compromisso com os princípios da dignidade humana me ajudam a crescer como pessoa;
- todos que buscam na pluralidade os caminhos para "fugir de seus amos, sonhar com a felicidade, enfrentar a violência, povoar as formas sociais do saber, dar nova forma ao presente e realizar estas viagens do espírito sem as quais não há liberdade";
- todas as formas possíveis de uma invenção social, através de gestos políticos plenos de compaixão para com a multidão anônima;
- minha mãe e a minha irmã.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Gustavo Piovezan
Recebi um comentário muito bacana sobre um dos meus post. O autor se chama Gustavo e fui conhecê-lo.Ao abrir seu blog, descortinou-se para mim esta linda imagem, com estas palavras escritas. era o que eu queria dizer neste blog. E ele disse, em forma de imagem e palavras sobrepostas:
"Quando falamos de gênero geralmente pensamos em gays e lésbicas, mas esta discussão vai muito além, ela aborda questões políticas, ambientais, educacionais, etc. Neste sentido pretendemos discutir, aqui no blog, algumas notícias e coisas afins sobre este tema"
Quer saber mais? http://discutindogenero.blogspot.com/
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Discriminação, racismo e preconceito.Eu sofro disso?Extraído do Relatório de Desenvolvimento Humano • Racismo, pobreza e violência
domingo, 4 de janeiro de 2009
Tenho um amigo chamado Cristiano.
Tenho um amigo chamado Juninho.
Quando somos professores encontramos pessoas que nos marcam por vários motivos. Juninho é um desses casos.Aluno que virou amigo. Nem ele sabe que é meu amigo. Eu é que sou amiga dele porque este menino é uma daquelas pessoas que a gente não encontra sempre. É uma unanimidade entre os colegas em generosidade e compromisso com as suas verdades. (eu sei, toda a unanimidade é burra, seu Nelson, mas com a sua licença, vou discordar por ora.) Não entrega, não delata, não aponta. Num universo competitivo, não deu a menor bola para um grau maior, se para isto os outros teriam que ter graus menores. Não sei se a minha identificação com Juninho é pela falta de pudor com que nos expomos às causas coletivas, se é pelo uso do corpo como instrumento de identidade, esta gravada na pele, exposta nos adornos, no semblante, nos gestos e atitudes. Somos filhos do mesmo pai. E sabemos a responsabilidade disto. Além do mais, Juninho é grande. E impõe respeito, pois se respeita acima de tudo. O visual progressista pode ser polêmico, pois foge dos padrões culturais hegemônicos, onde subliminarmente lê-se: "sou da paz, mas se vc usar da sua condição para diminuir alguém..." e cá prá nós, é sempre bom termos amigos grandes, pois tem sempre um babaca burguês (notem, grifei o gênero) que acha que pode tudo e que tudo lhe pertence e que atravessa o nosso caminho. E e sempre útil para uma mulher ter um amigo grande e forte... Juninho é gente boa prá caramba. É pai. É um cara cuja mente esta sempre "brainstormizada". Inquieto com as misérias e com as injustiças. É um pesquisador nato. Ainda vou conseguir convencê-lo de que sua natureza alegre e criativa faz toda a diferença num universo pedagógico, carregado por desamores, mau-humores e desinteresse. É pau prá toda obra. Juninho Coração de Leão. Muitíssimo apropriado. Todos os significados subjacentes ao codinome conferem com com o original.