Quando Nelson Mandela saiu da prisão, em 11 de fevereiro de 1990, o mundo parou para ver.Aquele que tinha se tornado o símbolo da resistência às formas mais desumanas de relacionamento acabava de vencer a batalha moral: até sua “caminhada para a liberdade” foi decidida por ele, numa demonstração de como a força ética de seus argumentos lhe tinham dado a liderança natural.Nos nove anos seguintes, comandou uma série de transformações que levou seu país a uma reconciliação racial inimaginável alguns anos antes. Sua capacidade de perdoar e a forma pacífica como destronou os pilares do sistema mais elaborado de racismo institucionalizado, o apartheid,encontraram no então presidente F.W. de Klerk um interlocutor à altura.Assim, foi natural que ambos recebessem o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e que um cedesse o lugar ao outro, sendo Mandela o primeiro negro a assumir o posto mais alto nesse país majoritariamente negro.Seu mandato, que terminou em 1999, foi marcado por uma característica que influenciou profundamente a luta anti-racista em diversas partes do mundo:Mandela acreditou num Estado multiétnico, numa democracia que tinha como objetivo assegurar direitos iguais a uma grande variedade de culturas – a “nação arco-íris”, como a batizou.Esse legado do líder sul-africano tem apelo num país como o Brasil, que, apesar de jamais ter experimentado um regime de segregação explícita como o apartheid, ainda está longe de assegurardireitos iguais a todos os seus cidadãos.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Discriminação, racismo e preconceito.Eu sofro disso?Extraído do Relatório de Desenvolvimento Humano • Racismo, pobreza e violência
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Um comentário:
Dê, manda os textos pra mim, por email, que eu dou uma olhada melhor... nem sempre consigo fazer a leitura na íntegra aqui... esse, p.e., está em códigos, o que me impede de ler... (claro!).
Estarei esperando.
bjoks
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